Apaixonei. Montreal é tudo!
A cidade é linda, o centro (Old Montreal) lembra Paris, com suas construções antigas, ruas estreitas calçadas em pedra, cafés com mesinhas fora e varandas floridas...
E o povo falando francês, mas um povo tão alegre, amigável, simpático que nem dá pra acreditar...
A vontade era de ficar lá, esquecer do mundo...
Pra começar é muito facil andar por lá. Ao chegar, fomos procurar um ônibus para sair do aeroporto. Mole. Placas óbvias, que te levam a um caixa onde você pode comprar o ticket do ônibus somente, ou já comprar o passa para mais dias, já que o sistema é interligado. O mesmo ticket vale para ônibus e metro. Compramos para três dias, vale muito a pena, e a máquina é auto explicativa. Recebe dinheiro e cartão.
Pegamos o ônibus para o centro. Se vc for ficar mais longe, desça em uma estação de metro para continuar a viagem.
Deixamos as coisas no hotel e fomos passear. Primeira parada, o Museu Redpath. Este museu de história natural pertence a faculdade Mcgill. Entrada grátis, você deixa uma contribuição se quiser (normalmente o povo deixa uns 5 dolares). Eu adoro o tema, sempre me encanto. O museu é pequeno, mas bem organizado e bem legal!
Dali fomos conhecer a Notre Dame. Belíssima, podem ver pelas fotos, a fachada te lembra Paris, mas achei o interior ainda mais bonito, não sei se demos sorte com a luz daquele dia, mas as cores estavam fascinantes.
Passeamos pelo centro antigo, onde circulam carruagens levando turistas ou românticos preguiçosos... Cada cavalo de cair o queixo.
Passamos o dia flanando, caminhando pelas ruelas de pedra, parando de vez em quando em um café para tomar uma taça de vinho, tirar fotos, tomar mais vinho... Quanto sofrimento...
Para fechar o dia não podíamos ter ficado sem jantar um foie gras, com mais um vinho, claro. Aí cama. Dormimos igual bebês.
Sábado fomos ao Jardim Botânico, outro passeio que nesta época vale a pena, tudo florido, muitas frutas, muita coisa que a gente nunca viu. Ao lado dele fica o Biodome e o centro olímpico, que não deu para a gente ir, mas o centro olímpico, sinceramente, eu nem tenho vontade... Não sou nem arquiteta nem atleta!
Dentro do jardim Botânico tem várias áreas, como uma jardim japonês (espetáculo), um de frutas, um alpino, e o mais legal de tudo, um Insetário.
O Insetário é quase um passeio por si só, tem muitos insetos de todos os tipos mortos, em exposição, mas também tem muita coisa viva, tipo aquários secos com Bicho-pau, Aranhas, Besouros, Escaravelhos, Escorpiões, Formigas...
Cada inseto tão lindo que parece uma pintura, nem parece existir de verdade.
Conhecemos ainda o Mercado Jean-Talon, adooooro mercados. Falei que aqui parece Paris? Barraca vendendo foie gras fesco! O paraíso existe e fica no Canadá.
Como primeiro mundo que é, tudo limpo, organizado, colorido, cheiroso...
Na volta, vimos uma propraganda no metro de uma exposição no Museu Stewart, D'Artagnan, Al Capone e Outras Armas. A exposição mostrava as armas usadas pelos mais famosos gangsters, mocinhos, bandiso e heróis de estilo, tipo 007, Zorro, Bonnie and Clyde e outros. Fomos, e descobrimos que alem da exposição o museu é um antigo forte de uma ilhota ao lado de Montreal.
Adoro boas surpresas.
Aí voltamos a flanar... Descobrimos o Marché Bonsecours, de arte, artesanato e afins, muita coisa linda. Ao redor, muitas lojas de peças de arte Inuit, cada coisa de cair o queixo, mas tudo caaaaro!
E peles... Casacos, luvas, gorros, mantas, o que vc quiser, de peles, de verdade, de vários tipos de animais, modelos e cores, cada coisa mais maravilhosa que nem dá pra explicar, só pondo a mão.
Agora eu entendo a fascinação das pessoas por peles de verdade, o tato é totalmente diferente, nunca tinha tocado nada tão agradável na vida. A vontade é abraçar uma pele daquelas e ali ficar... Dois únicos problemas: não tem onde usar no Brasil, e o dinheiro não dá (fácil fácil 10mil dólares um casaco!).
Domingo, mais um museu, Pointe-à-Callière, de arqueologia. Mostra a fundação da cidade, e fica sobre ruínas e criptas antigas. E pegamos ainda duas exposições temporárias, uma sobre a Neve, mostrando a importância da neve sobre a vida e a formação cultural do Canadá, e outra sobre os Astecas!
Ainda peguei uma tirolesa que estava me convidando, de frente para o rio, antes de almoçar e rumas ao aeroporto. De volta a Toronto.
Mas vou voltar, Montreal merece uma vida, não um fim de semana, é pra viver...
Ah, ia esquecendo o mais engraçado. Acho que estava tendo uma espécie de convenção de fãs de Magás, então tinha um monte de gente fantasiada pelas ruas, só figuras, dêem uma olhada no visual do povo: