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domingo, 25 de setembro de 2011

A pior viagem do mundo - parte2

Chegamos até Buenos Aires, enfim... e embarcamos domingo para Bariloche. Descemos em Esquel e fomos de ônibus (4h) até Bariloche.

Chegando lá, cadê o pessoal para nos receber? Tinham 2 ônibus do lado de fora do aeroporto, escrito “Bariloche” e pronto. Qualquer um entrava onde quisesse e não havia qualquer controle. Enfim, entramos e chegamos a Bariloche.
Como o ônibus é de empresa terceirizada, ninguém soube informar da volta.
Durante a estada, procuramos então a loja da Aerolineas (no centro de Bariloche) para saber o horário do ônibus na volta. Na loja havia uma fila diante de um guichê escrito “vendas”. Como eu já tinha a passagem, desejava só uma informação, fui direto a outro funcionário do balcão para perguntar:
- Por favor, com que posso falar para uma informação?”
-
Nada – ele nem me olhou – apontou o fim da fila, virou de costas e foi conversar com outro funcionário. Delicado, né?
Enfim, consegui saber o horário do ônibus até Esquel, para a volta, e saber de onde sairia.

Na data marcada, fomos as 7h para o aeroporto para embarcar no ônibus até Esquel – saíram 3 ônibus quase no mesmo horário. Depois de 4h sem parar, chegamos a Esquel, onde fomos recebidos por um funcionário que não deixou o ônibus entrar no aeroporto – este estava fechado!
Não nos deixaram descer do ônibus, não havia ninguém para explicar nada, o motorista fez meia volta e – mais 4h – para Bariloche de novo.
Deste vez ele parou (as13h) num posto de gasolina, para que, quem quisesse, comprasse algo. No ônibus não havia nem água.
Chegamos no aeroporto de Bariloche umas 15h – novamente ninguém para nos explicar nada. Fomo procurar a sala da compania, ninguém queria falar com a gente. Descobrimos através de passageiros e funcionários da Lan que já se sabia, desde cedo, que Esquel estava fechado – fizemos 8h de viagem, portanto, a toa, todos já sabiam que não iríamos embarcar.
Houve até agressões físicas, por parte de uma funcionária da compania, quando uma das pessoas do grupo começou a filmar... ela lhe bateu! E chamou os seguranças do aeroporto para tomar a câmera do rapaz, como se ele fosse o errado! Fomos ameaçados pelos seguranças do aeroporto porque filmamos tudo.
Como o aeroporto está fechado desde junho, não há lá nada funcionando – lojas, revistas, lanchonetes... e aí ficamos até as 19:30h sem nem uma água! Não almoçamos, não recebemos nada, e a compania não nos dava atenção.
Fomos conversar com funcionários da Lan Chile – os passageiros deles, desde as 8h da manhã, estavam sendo levados para Néuquen, a 4h dali, onde o aeroporto operava normal. Já a Aerolineas nos deu 2 opções – cancelar o bilhete e “se virar” para voltar ou aceitar ir de ônibus até Buenos Aires (mais 20h de viagem, para completar as 8h que já havíamos feito) – porque – e isto está devidamente filmado (vídeo, e áudio!) – a compania não quer arcar com este custo (do avião em Néuquen!).
Como a Lan não tinha vôo livre para os próximos 3 dias, não havia opção – fomos de ônibus.
Primeiras palavras do motorista ao nos receber no ônibus:
“- Não pode fazer  cocô, o banheiro vai entupir, só pode usar para xixi.”
Acreditam? E não havia papel higienico. Nem água no banheiro (1 para 64 lugares...)
As 22h (aleluia) nos serviram um lanchinho! Ou deveria chamar de “lanchículo”?
As 6h da manhã, dia seguinte, não havia mais água para beber... mas recebemos outro “lanchículo”... Foi só o que nos foi servido entre as 7h do dia 28/08 e as 15h do dia 29/08 quando chegamos em Buenos Aires. Nenhuma parada – foram 20h direto!
Chegamos no aeroporto de Buenos Aires - ninguém para nos receber. Desci correndo (meu marido ficou para pegar a bagagem) e fui ao guichê da compania – acredite se quiser – ninguém sabia que estava chegando um ônibus de Bariloche, para trocar todos os vôos (afinal, perdemos as conexões por 24h...) – eles se admiraram!
- Oh! Que horror! Vocês vieram de ônibus?
Consegui marcar um vôo para o mesmo dia (o resto do pessoal não teve a mesma sorte...) até o Rio. Não consegui vôo para minha cidade no mesmo dia, dormi no Rio, para embarcar pela manhã – e ainda pague 400 reais de multa para a TAM para remarcar o vôo! Mais caro que a passagem!
Alguém ainda está com vontade de passear na Argentina? Que tal de Aerolineas?

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